sábado, 7 de agosto de 2010

Fofinho

O Alexandre está cada dia mais fofo. Está carinhoso, risonho e finalmente mais paciente com as pessoas. Quando ele quer alguma coisa, costuma nos pegar pela mão e usá-la para fazer por ele o que não consegue sozinho. Às vezes, ele vem pegar a minha mão e me dá uma preguiça de deixar o que estou fazendo para ir até onde ele está fazer alguma coisa por ele e depois ser dispensada. Porém vêm aumentando as vezes que ele vem pegar a minha mão e me senta no sofá para ver TV com ele ou me leva para a cama dele e me entrega um livro. Esses dias foi o máximo, ele estava brincando sozinho no quintal de casa como de costume quanto veio pegar minha mão. Eu achei que era para pegar água para a brincadeira, mas quando cheguei ele me sentou no chão ao lado dele! Eu fiquei super feliz tentando brincar junto, mas com a Heleninha no colo eu não estava conseguindo. Até que percebi que ele estava interessado na presença dela e parei de tentar brincar. Ficamos lá os três juntinhos. Aliás com ela também está fofíssimo. Balança o bebe conforto para ela rir, acha engraçado ela tomar chá, deita ao lado dela sempre que deixamos e quando passa por ela faz uma gracinha.

Essa semana voltou para a escola e no primeiro dia deve ter sentido nossa falta, porque saiu correndo na minha direção assim que me viu na hora da saída e depois do meu abraço entrou correndo no carro e ao invés de direto ligar o rádio como fazia, foi para o banco de trás ver a Heleninha e fez um carinho nela antes de ir ligar o rádio. Quem buscou na escola ontem foi a vovó Lila, vejam que bacana:

Uma tarde de muitas alegrias para a vovó

Ontem a vovó foi me buscar na escola. Quando chegou lá, eu estava de costas, brincando com areia e baldinho. A vovó comentou com a minha professora:
"Com balde e areia, ele nem vai me notar".
Primeira surpresa:
Quando eu ouvi a Ju chamando "Alexandre, a vovó chegou", eu imediatamente me virei, larguei tudo e fui correndo abraçar a vovó.
Então fomos para o carro, onde ela me avisou que não iríamos para casa, mas sim, para o consultório, buscar a mamãe. Como sempre faz, ela me deu meu copo de suco, para eu tomar no caminho. Eu falei "ssssss-co co co" e sorri para a vovó. Estava agradecendo, e ela disse "de nada!".
Segunda surpresa:
A vovó me pediu para lhe dar a mão. Ela sempre faz isso quando estamos no carro. Mas eu estava com as mãos ocupadas, tomando o meu suquinho. Então eu a encarei, peguei sua mão, entreguei-lhe o copo de suco e o peguei de volta. A vovó entendeu na hora que, do meu jeito, eu estava lhe dizendo que não podíamos ficar de mãos dadas enquanto eu precisava segurar o meu copo. E foi isso mesmo. Quando terminei, peguei carinhosamente a mão da vovó e foi assim que ficamos por um bom tempo.
Terceira surpresa:
O vovô, que estava na direção, teve que passar por alguns lugares antes de chegarmos ao consultório da mamãe. Quando o caminho era conhecido, eu relaxava. Mas quando ele pegava aquelas ruazinhas diferentes, eu imediatamente me levantava e ficava bem atento, olhando tudo e balbuciando alguns comentários. Finalmente, ao pegarmos o caminho para o nosso destino, eu já fiquei a postos, tomando conta para o vovô não sair da nossa rota. E quando desci do carro, sai correndo na frente, mesmo o vovô tendo estacionado longe. A vovó ficou boba com isso tudo. De quem será que esse menino herdou tamanho senso de direção? Certamente não foi dela, que se perde com facilidade, até mesmo dentro do shopping que freqüenta desde que meu pai era criança.
Quarta surpresa:
Entramos no consultório e a mamãe ainda estava ocupada. Enquanto esperávamos, a vovó e o vovô se sentaram na recepção, mas eu resolvi "explorar o ambiente". Então voltei, peguei a vovó pela mão e a levei a uma das salas de atendimento, onde minha irmãzinha dormia tranquilamente em seu carrinho. Eu a mostrei para a vovó e a puxei para sairmos de lá. Eu só queria que a vovó a visse, e não quis acordá-la.
Esse foi realmente um dia de muitas surpresas e muitas alegrias para a minha avó. Eu estou, a cada dia mais comunicativo, interagindo e atento a tudo.
Como diz a vovó: eu ainda não falo para não dar recado...

2 comentários:

Cinthia disse...

Eu quero ir ver toda esta fofura!! Tinha certeza que a irmãzinha ia fazer muito por ele.

Beijos

PS.: Kauê, aqui do meu lado, tá pensando em uma estratégia para não ter de dar recado também.

Lenina Velloso disse...

Lindos e emocionantes os dois últimos relatos!

Saudades MIL!